O PASSO A PASSO DA TÉCNICA QUE REVOLUCIONA O TRATAMENTO DO LINFEDEMA

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O passo a passo da técnica que revoluciona o tratamento do linfedema

O passo a passo da técnica que revoluciona o tratamento do linfedema

O grande obstáculo que encontramos inicialmente foi conhecer a técnica de drenagem linfática onde as dificuldades nos levaram a fazer curso fora do país para interar sobre os princípios da drenagem linfática. Durante uma apresentação da Dra. Judith Casley Smith, minha esposa terapeuta ocupacional (TO) alertou-me sobre a possibilidade da utilização de materiais de adaptação da terapia ocupacional para facilitar a drenagem linfática.

A anatomia e a fisiologia do sistema linfático pareceram-nos uma idéia sedutora e passamos a estudar e desenvolver esta nova técnica. Os conceitos de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e hidrodinâmica foram importantes nesta fase, assim como o preenchimento da reprodutibilidade científica tanto in vitro como in vivo e clínico. Iniciamos analisando cada movimento da técnica original de drenagem linfática (Vodder), e a possibilidade na reprodução desta técnica in vitro e in vivo. A partir daí identificamos que alguns movimentos deveriam ser revisto e seguir as regras da anatomia, fisiologia, fisiopatologia e hidrodinâmica no deslocamento de fluidos até atingir o sistema linfático e no sistema linfático. Desta forma desenvolvemos um novo conceito e uma nova técnica de drenagem linfática, simples e eficaz. Os principais movimentos da técnica de Vodder (círculos, semicírculos) foram substituídos por movimentos de drenagem que seguem o trajeto dos vasos. Os vasos linfáticos caminham em paralelo, facilitando o deslizamento de bastões, da mão ou de qualquer dispositivo flexível e maleável que possa ser adaptado para esta finalidade. Esta foi a grande contribuição à técnica de drenagem linfática.

Outra característica foi a maior objetividade no ato de drenagem, optando pelas grandes correntes linfáticas, mas seguindo as normas estabelecidas por Vodder quanto ao sentido dos movimentos de distal para proximal. O uso de bastão (material adaptado de borracha siliconizada ou espuma) foi inicialmente o mais utilizando e, posteriormente, o deslizamento das mãos sobre a pele no trajeto das principais correntes linfáticas. Inicialmente, para avaliação clinica da técnica, seis pacientes foram acompanhados durante três anos com avaliação semanal. Os cuidados em relação à drenagem linfática na região cervical levaram-nos a reduzir os estímulos à região supraclavicular. Estes estímulos isolados já permitem a realização da drenagem linfática em todo corpo. Assim, evoluímos para a simplificação do estímulo na região supraclavicular, facilitando a drenagem na cervical e cabeça e trazendo maior segurança para evitar os estímulos na região do glômus carotídeo.
Surgiu dúvida quanto à forma de publicação da nova técnica, e optamos por dois livros. Outros trabalhos foram publicados em revistas especializados.

As figuras abaixo ilustram partes das pesquisas e evolução da nova técnica.

Varias pesquisas nos ajudaram a definir as normas para realização da técnica de drenagem linfática Godoy & Godoy:

 

Cuidados básicos:
1-Drenar sempre no trajeto dos principais coletores, no sentido do fluxo, seguindo os critérios da anatomia, fisiologia, fisiopatologia e hidrodinâmica;
2-Iniciar drenando as regiões proximais do sistema linfático correspondente ao trajeto a ser drenado;
3-Identificar as vias derivativas de drenagem conhecendo a fisiopatologia de cada caso;
4-A velocidade empregada é vital para evitar a lesão do sistema.
Outro conceito que surgiu com a evolução das pesquisas foi quanto ao que se diz desbloquear as cadeias linfonodais, que na realidade há um equivoco muito grande quanto a este conceito e que é mantido há décadas. Pois é impossível desbloquear manualmente um linfonodo obstruído. Estudo dinâmico com linfocintilografia mostra que a linfa passa através dos linfonodos com velocidade muito reduzida em relação ao que ela pode deslocar nos coletores linfáticos. Portanto, a função de “filtro” dos linfonodos limita a velocidade da linfa neste trajeto do sistema e qualquer força que se exerça para vencer poderá lesar o sistema.

Evolução da técnica de drenagem linfática Godoy & Godoy: Drenagem linfática total

Nestes anos a observação pratica e a pesquisas permitiram a evolução do conceito da drenagem linfático inicialmente descrito por Godoy & Godoy para um novo conceito que é descrito como drenagem linfática total. Este conceito fundamenta-se na associação de estímulos que interferem nos mecanismos fisiológicos de drenagem linfática, de forma mais abrangente do que na drenagem convencional, procurando maximizar todos os estímulos do sistema linfático. O domínio do conhecimento anatômico, fisiológico, fisiopatológico e das regras da hidrodinâmica são fundamentais para execução destes conceitos. O objetivo é envolver de forma harmoniosa a formação da linfa com o seu deslocamento até atingir o sistema venoso de forma global.

Para que isso aconteça é fundamental seguir as regras de deslocamento de fluidos da hidrodinâmica e associar os movimentos de forma precisa. Deste modo envolve a formação da linfa e o seu imediato deslocamento no sistema linfático. Assim, ela vai aumentar o volume de linfa nos linfangions e estimular sua contração e desencadeando a drenagem proximal em cascata. Outro aspecto é a drenagem do sistema linfático superficial e profundo de forma a envolver as estruturas anatômicas tanto do sistema superficial como profundo.

O estímulo cervical é algo que nos intriga quanto ao seu mecanismo de ação, porém uma hipótese quanto ao seu funcionamento é o estimulo da contração dos linfangions. Este conceito de forma mais detalhada poderá ser acessado em breve neste site.

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